Quando a poeira sobe na arena e o “SEGUUUURA PEÃOOOOO” do locutor explode no microfone, a emoção é tanta que o coração chega a errar as batidas. A gente se arrepia só de lembrar.
Só quem já teve a oportunidade de assistir ou participar de um rodeio brasileiro sabe a explosão de sentimentos que é, a alegria que contagia acompanhada da coragem e determinação nos rostos dos peões, que inspira uma paixão que passa dos pais para os filhos junto com as outras tradições brasileiras.
Mas, você sabe de onde veio essa tradição? Você sabe como surgiu o rodeio brasileiro? Não?
Então continue lendo para descobrir.
A origem do rodeio no Brasil
O rodeio como a gente conhece hoje, veio importado do Estados Unidos lá nos anos 1950, incorporando algumas práticas vindas do Texas, como o uso das arenas, as montarias em touros e cavalos e a figura do palhaço de arena, no melhor estilo “copia, mas não faz igual”.
Só que… já existiam festas de peão em diversas regiões do Brasil, como Sul e Sudeste, muito tempo antes. Para citar um exemplo, em 1947 a prefeitura de Barretos organizou uma quermesse com competições dentro de uma arena, cercada por arquibancadas.
Hoje, essa quermesse é conhecida como a maior Festa do Peão de Boiadeiro e Barretos se tornou a “capital nacional do rodeio”, atraindo multidões ao município e suas arenas.
Mas o rodeio não é um fenômeno somente em Barretos. As festas de peão se transformaram em um fenômeno cultural em que competição, música e gastronomia se misturam para reforçar a identidade do peão sertanejo e brasileiro. SEGUUUUUUURA PEEEEEEEEEEEEEÃO!
E se o peão não segura?

O papel do palhaço de rodeio
Se você é fã e frequentador de rodeios, já deve ter reparado no palhaço correndo de um lado pro outro, atraindo a atenção de touro e cavalo, e chamando a atenção na arena.
Essa figura tão popular não está presente na arena apenas para entreter. Seu papel real é entrar na arena para chamar a atenção do touro ou cavalo quando o peão não consegue segurar e acaba caindo.
Assim como o resto da estrutura do rodeio brasileiro moderno, a figura do palhaço também veio importada dos Estados Unidos nos anos 1950. Porém, a sua popularização só aconteceu de verdade por aqui nas décadas de 1960 e 1970 graças a nomes como Falcão, Barreirito e Biriba, os quais se transformaram em lendas nas arenas, sendo queridos por crianças, adultos e competidores iniciantes ou experientes.

Curiosidades e tradições que cercam o rodeio
Brasileiro ama uma boa simbologia, né? Vocês já repararam nisso?
Do calendário de vinte anos atrás com imagem sacra e oração na parede da casa da vó até as simpatias populares, os símbolos são quase uma instituição brasileira e com o rodeio é que não ia ser diferente:
- Fivelas como troféus: as fivelas são símbolos de honra e conquista, sendo exibidas como se fossem medalhas olímpicas pelos campeões.
- Música sertaneja: de Milionário & José Rico aos cantores do sertanejo contemporâneo, a música sertaneja dá o tom da festa e muitas vozes foram reveladas nas festas de peão.
- Trajes típicos: chapéu, bota, fivela e calça jeans formam o uniforme não oficial dos rodeios, refletindo a identidade do peão brasileiro com muito estilo.
- Frases populares: expressões como “Vida de peão é montaria e oração” e “Quem tem fé não precisa de sorte” são repetidas nas arquibancadas e arenas, reforçando o tom poético e espiritual do universo do rodeio.
A combinação de todos esses elementos faz do rodeio mais do que competição ou evento. É essa coleção de símbolos e personagens que transforma o rodeio em ícone da cultura popular, criando um vínculo emocional do público com esse universo tão rico.
Rodeio hoje: entre a cultura e a polêmica
O rodeio cresceu, conquistou seu espaço na cultura e lugar no coração dos brasileiros, mas como nem tudo são flores, com a popularização vieram também as polêmicas.
Nas últimas décadas, organizações protetoras levantam questões éticas sobre o bem-estar animal, que geraram regulamentações que proíbem práticas abusivas e obrigam o uso de equipamentos de proteção para o peão e para os animais.
Talvez ainda o equilíbrio entre tradição e responsabilidade ainda não tenha sido alcançado, mas os organizadores das festas estão no caminho sabendo que ele é futuro dos rodeios.

A conexão com o campo e o universo Botineiros
Se lá no passado existia alguém que achava que rodeio era moda passageira, essa pessoa percebeu rapidamente que estava enganada.
Os rodeios chegaram para ficar, assim como as botas da Botineiros são feitas para durar. Quando bem cuidadas, elas podem acompanhar você a vida toda, te proporcionando estabilidade nos caminhos mais difíceis, sejam profissionais ou pessoais.Ao calçar uma Botineiros, você pisa com orgulho em qualquer lugar ou arena, sabendo que tem nos pés um calçado artesanal, feito com qualidade, design e de maneira artesanal.